Incarnation: a arte de sobrescrever os Caminhos do Mundo-Sword Art Online Brasil #037
Atenção: Edu aqui. O artigo a seguir é mais um texto do L.N.B aqui para o blog. Sendo mais uma fantástica contribuição dele aqui. Como já explicado antes, os 3 autores do blog que fazem textos de Alicization tem séries independentes de explicar Alicization, porém esse texto irá citar artigos já publicados. Então espero que todos possam apreciar a explicação dele... DA INCARNATION.
Mas o que ele realmente significa? Bem, se você leu o título, já deve ter uma breve ideia — ainda assim, é algo profundo e complexo, envolvendo diversos aspectos que talvez nem imaginava estarem relacionados até uma pesquisa mais aprofundada.
Aqui, tentarei explicar de uma forma que seja de fácil compreensão no geral. Como o foco está em Alicization, os eventos que vão contra o sistema presente em Aincrad, Fairy Dance e Phantom Bullet não serão incluídos — a lógica se aplica apenas a esse contexto. A explicação sobre esses outros eventos virá posteriormente, em outro artigo.
Artigos e um pequeno vídeo que servem de contextualização relacionadas ao que veremos a seguir:
- Conceito de Fluctlight;
- Contexto de Guerra;
- Soul Translator;
- Início do Projeto Alicization;
- Os Testes de Underworld;
- Quinella & Cardinal.
Consolidando a Incarnation
Para compreendermos tudo, precisamos voltar ao início do Projeto Alicization — porém, como já existem artigos aqui no blog que explicam essa parte, vamos avançar um pouco mais adiante.
Ao estabelecer que o ideal seria criar, desde o princípio, as Fluctlights Artificiais, a Rath precisaria gerar um mundo no qual elas pudessem viver. A ideia original era desenvolver um mundo medieval, pois seria mais fácil de supervisionar. Contudo, criar um mundo medieval do zero e estabelecer todas as regras e leis da época era algo simplesmente inviável.
Dessa forma, a equipe decidiu criar um mundo utilizando o pacote The Seed Nexus, uma versão compactada do Cardinal System, que permitia a criação de um mundo virtual no estilo MMO. As incongruências que surgissem nesse mundo seriam explicadas aos habitantes como manifestações de magia ou ações dos Deuses.
Após a criação completa do Underworld, foram enviados para lá os Mnemonic Visual Data, ou Dados Visuais Mnemônicos.
E é aqui que surge a questão central: como exatamente eles fizeram isso?
Se você assistiu ao anime, deve saber da existência do LightCube Cluster na Ocean Turtle — o conjunto que armazena aproximadamente 200.000 LightCubes, cubos responsáveis por reproduzir as almas das Fluctlights Artificiais no Underworld.
Acontece que todas essas unidades estão interligadas de certo modo — não entre si diretamente, mas por meio de um tipo de supercomputador quântico que processa todos os massivos Dados Visuais Mnemônicos dos LightCubes. Essas conexões são mantidas pelos Circuitos de Comunicação das Partículas Quânticas, formando o núcleo dos Soul Translators — o cerne da tecnologia dos Mnemonic Visual Data.
Localizado no coração do LightCube Cluster, esse sistema é conhecido como Main Visualizer.
| Interior do Main Visualizer |
Os STLs instalados e conectados na Ocean Turtle possuem uma capacidade significativamente maior de processar os dados gerenciados pelo Main Visualizer do que aqueles conectados via satélite em Roppongi — sendo esse o motivo de suportarem a aceleração máxima do FLA.
Mas qual é, afinal, a sua função? Ler, equalizar e registrar todos os dados de geografia, unidades dinâmicas, arquitetura, objetos de suporte e estruturas relacionadas à construção do Underworld como Mnemonic Visual Data, a partir da consciência dos habitantes, e repassá-los, quando necessário, àqueles que acessam o sistema por meio do STL.
As Unidades Humanas/Dinâmicas são regidas de forma diferente: todas as ações recentes são registradas em intervalos de 600 segundos (10 minutos), sendo os dados resetados e novamente registrados a cada ciclo de 10 minutos.
Graças a esse processo, as Fluctlights Artificiais e as pessoas conectadas pelos STLs experimentam a Imersão Completa com os Visuais Mnemônicos — uma experiência virtual cuja realidade é praticamente idêntica à do mundo real, com exceção da geração de germes e moléculas, o que evidencia a distinção entre os dois mundos.
Entretanto, vale ressaltar que as origens do Underworld ainda provêm do The Seed Nexus, um mundo gerado por polígonos. Por esse motivo, é possível acessar Underworld por meio de um endereço de servidor de baixa prioridade, via AmuSphere — embora limitado à versão poligonal e sem acesso à Incarnation em sua forma pura, operando, portanto, sob uma dupla estrutura.
Underworld, regido pelo Cardinal System — responsável por estabelecer a ordem do mundo — e pelo Main Visualizer, que registra e armazena todas as suas informações, formam juntos O Sistema, que, dentro do Underworld, passou a ser conhecido posteriormente como Os Caminhos do Mundo, pelo menos em seu estágio inicial.
Agora chegamos ao ponto-chave: a Incarnation é um poder que existe fora do controle do sistema, representando a capacidade de reescrever os Caminhos do Mundo — e isso nem sempre ocorre de forma consciente.
Com as bases éticas de comportamento, os ensinamentos e as culturas foram sendo gradualmente estabelecidos entre os habitantes iniciais do Underworld, as Fluctlights Artificiais cujos LightCubes estão conectados ao Main Visualizer. Assim, determinadas crenças se espalharam conforme as gerações passaram. As massas do Underworld produziram informações que acabaram se consolidando como leis, as quais foram sendo escritas, reescritas e fixadas nos buffers de dados equalizadores do Main Visualizer.
Um bom exemplo disso são as flores Zephilia: a crença geral em torno da planta é que ela não é capaz de florescer fora da região oeste do Império Humano, pois a maioria das pessoas das outras regiões nunca a viu florescer em seus territórios. Essa ideia foi reforçada após a separação do Mundo Humano em quatro Impérios, tornando-se, dentro do Main Visualizer, um fato consolidado que: a flor Zephilia não floresce fora do Império Wesdarath.
Mas por que esse fenômeno acontece?
| LightCube Cluster |
Caso você tenha lido o artigo sobre o STL, deve saber que os Dados Visuais Mnemônicos correspondem aos dados de imagens visuais captadas pelas retinas, somados aos demais sentidos processados no Fluctlight — ou seja, às memórias.
Os LightCubes estão equipados com a mesma mecânica de troca de informações quânticas presente dentro do LightCube Cluster. Dessa forma, se existir uma memória no próprio “armazenamento” — já que, aparentemente, esse Campo Quântico também funciona como um minicomputador quântico autônomo — forte o suficiente para sobrescrever os registros (que também equivalem a memórias), então ocorre o fenômeno da Incarnation.
Com o passar do tempo, esse aglomerado de informações mnemônicas, formado tanto pelo senso comum dos habitantes do Underworld quanto pelos elementos tecnológicos originários da Rath, deu origem aos Caminhos do Mundo definitivos. O Princípio Fundador do Mundo enraizou-se profundamente nos aspectos mais densos e estruturais do sistema do Underworld.
Como mencionado anteriormente, a Incarnation não ocorre necessariamente de forma consciente. Mesmo nas ações mais simples do cotidiano de um habitante, ela pode se manifestar de alguma maneira — embora isso não signifique que o indivíduo compreenda o que fez.
Ao focalizar uma imagem mental que ultrapasse o senso comum — isto é, que vá além dos Caminhos do Mundo — ocorre uma substituição temporária nos dados de buffer. Em outras palavras, a força física pode ser amplamente aprimorada; as Sword Skills podem ser drasticamente potencializadas (ou até geradas a partir de uma memória inexistente nos Caminhos do Mundo) pela capacidade imaginativa da pessoa; a voz pode ser amplificada para reverberar por longas distâncias; e as artes sagradas elementais podem ser ainda mais concentradas, enquanto as artes avançadas se tornam consideravelmente mais fáceis, dependendo do nível de compreensão dos Caminhos do Mundo.
Em resumo: quanto maior a compreensão do funcionamento dos Caminhos do Mundo, maior a capacidade de sobrescrevê-los, dependendo da força de vontade do indivíduo.
No entanto, isso não exclui o potencial dos fortes sentimentos — capazes de gerar, momentaneamente, enormes descargas de poder via Incarnation. Afinal, emoção e vontade são, além de características essencialmente humanas, as principais bases para a materialização da Incarnation após a formação da imagem mental. Nesses casos, o indivíduo nem sempre tem consciência do que está fazendo, apenas age conforme suas crenças e emoções do momento.
Assim, a Incarnation pode ultrapassar a superfície dos Caminhos do Mundo e interferir diretamente no Main Visualizer e no sistema, gerando fenômenos colossais através dos circuitos de comunicação das partículas quânticas.
Desenvolvendo a Incarnation
A confiança e a mentalidade de sempre avançar são alguns dos principais gatilhos nos quais podemos perceber mais claramente a presença da Incarnation.
Um exemplo notável disso é Eugeo Synthesis Thirty Two que, com o Piety Module aprimorado, concentrou toda a sua força de vontade em servir Quinella e, consequentemente, ampliou exponencialmente sua capacidade de imaginação. Seu domínio sobre a Incarnation fez com que adquirisse força e velocidade de reação muito superiores às que possuía antes do Synthesis Ritual, mesmo sendo a primeira vez que utilizava uma armadura pesada — algo com que jamais havia treinado.
Além disso, Eugeo desenvolveu um grande domínio em Artes Sagradas e nas duas técnicas principais dos Cavaleiros da Integridade por meio da Incarnation, as quais explicaremos adiante.
Os Caminhos do Mundo foram estabelecidos e, conforme a ascensão de Quinella sobre o Underworld ocorria, ela acabou se tornando a Administrator. Com isso, a possibilidade de sobrescrever as leis estabelecidas pelo mundo passou a estar ao seu alcance.
Administrator denominou esse fenômeno de Incarnation — ou Providência — e tornou-se uma mestra nessa arte. Posteriormente, transmitiu os ensinamentos da Arte Sagrada aos seus Cavaleiros da Integridade, com o objetivo de aprimorar suas habilidades e proteger o Império Humano.
A Incarnation pode se manifestar de inúmeras formas — é um poder ilimitado, originado da capacidade de imaginar. No entanto, o nível de concentração exigido para utilizá-la torna seu domínio algo significativamente mais complexo.
Um habitante que praticasse incessantemente Artes Sagradas todos os dias acabaria atingindo um nível de compreensão no qual concentrar e manipular a energia espacial ao redor dos dedos, sem a necessidade de recitar os comandos — ou encurtando a recitação deles para fortalecer mais rapidamente a imagem mental — se tornaria algo natural. Isso reforçaria sua capacidade de projeção mental, utilizando como gatilho a determinação e a confiança adquiridas por meio do treino contínuo.
Esse processo explica os momentos em que observamos um “Burst Element” ocorrer antes mesmo da recitação da primeira linha das Artes Sagradas, o famoso “System Call:”.
O mesmo princípio também se aplica à Perícia Perfeita no Controle de Armas, embora essa área envolva diversas outras condições, que serão abordadas separadamente em um artigo futuro sobre os Objetos Divinos.
Na época em que acompanhamos Kirito em Underworld, os Cavaleiros da Integridade haviam desenvolvido o potencial ofensivo da Incarnation em duas técnicas principais: a Incarnation Arm e a Incarnation Blade, ambas criadas a partir de longos treinamentos de concentração e de esgrima intensificada por exercícios físicos exaustivos.
Incarnation Arm — também chamada de Membros Encarnados — consiste no poder de utilizar a Incarnation para mover objetos e estruturas por meio da força de vontade. Isso pode variar desde espadas e armas ou até mesmo pessoas. No entanto, pouquíssimas pessoas conseguem atingir um nível de maestria superior ao de simplesmente mover suas próprias armas até si.
Incarnation Blade — ou Lâmina Encarnada — baseia-se essencialmente na capacidade de criar uma lâmina invisível a partir da vontade do usuário e arremessá-la, variando em forma e tamanho — desde adagas até espadas largas.
Também existe a Incarnation liberada por uma emoção extremamente forte e contundente, capaz de conceder acesso às mais poderosas Artes Sagradas e aprimoramentos físicos, além de provocar fenômenos imprevisíveis em resposta. Como pudemos observar com Vixur Ul Shasta, líder dos Cavaleiros Negros, que liberou a segunda etapa da Perícia Perfeita no Controle de Armas de sua espada por meio de pura Incarnation, desencadeada por um acesso de fúria contra o Imperador Vector — que havia assassinado sua amante e apresentado a cabeça dela em um bloco de gelo. Nesse momento, Vixur criou um imenso tornado e chegou a fundir o próprio corpo ao elemento de sua espada, conseguindo interferir diretamente no Main Visualizer e aplicar uma “imagem de morte” no LightCube do alvo, através dos circuitos de comunicação das partículas, afetando qualquer um que entrasse na área de alcance da habilidade. Esse ataque poderia inclusive atingir e destruir um Fluctlight no STL, matando instantaneamente o indivíduo afetado.
O mesmo tipo de fenômeno foi observado em Sigurosig, líder dos gigantes, que obteve um aumento massivo de força física ao perceber que um ser que sempre julgara inferior o subjugava facilmente. Nesse estado, ele também interferiu no LightCube de Fanatio, por meio dos circuitos, paralisando-a ao explorar as ligações que ambos possuíam através do Main Visualizer.
Uma mentalidade distorcida — como a de um psicopata ou de alguém com um ego exacerbado — também pode gerar uma Incarnation igualmente distorcida. Indivíduos que possuem uma percepção de superioridade extrema sobre os outros tendem a desenvolver poderes com o propósito de subjugá-los de formas perturbadoras. Um exemplo disso é Gabriel Miller, que, após sofrer uma alucinação ao assassinar sua amiga de infância, passou a ansiar novamente pela experiência de ver e devorar almas. Dessa forma, ele passou a roubar a força de vontade — a própria Incarnation — das pessoas em Underworld, até atingir o ponto de “devorar” suas almas, fenômeno decorrente de sua distorcida Incarnation, o que o levou a um estado de insanidade no qual já não se via mais como humano, transformando-se em um verdadeiro Anjo da Morte.
Os Nobres, em razão de sua alta posição social e de seus costumes doentios, desenvolviam um enorme poder ofensivo quando se tratava de subjugar pessoas de castas inferiores. Vassago, por sua vez, como um agente do caos, do assassinato e da discórdia, manifestou a capacidade de influenciar mentalmente as pessoas, enviando uma espécie de sugestão que retardava o julgamento dos que estavam ao seu redor sobre suas próprias ações — intensificando ainda mais o caos em meio ao acúmulo de ódio e rancor.
Já Quinella, que desde sempre almejou estar acima de tudo e de todos, via os povos do Império Humano como meras propriedades sob sua autoridade absoluta. Ela estudou profundamente o Sistema do Underworld e descobriu todos os seus segredos, tornando-se um ser que manipulou e até mesmo congelou a própria Vida, vivendo por trezentos anos. Sua Incarnation era refinada e absolutamente poderosa, porém distorcida em um nível absurdo para aqueles que ousavam se opor à sua autoridade — sendo, por isso, uma das personagens mais poderosas de todo Sword Art Online, graças ao seu imenso conhecimento, experiência e habilidades.
A força dos sentimentos e da vontade imbuídas na Incarnation geralmente não possui uma forma visível, além das alterações nas informações dos objetos, sendo algo de natureza mais sensitiva. No entanto, em algumas situações, ela pode produzir efeitos perceptíveis, manifestando-se como uma espécie de aura ao redor, capaz até de distorcer o espaço. A força de vontade do usuário torna-se então sentida de maneira explícita por todos ao redor — e, em certos casos, até por pessoas relativamente distantes.
Quando duas pessoas com essa capacidade de Incarnation se confrontam, o próprio espaço ao redor começa a tremular, e faíscas surgem para determinar qual vontade, qual sobreposição de realidade prevalecerá. Esse fenômeno pode ser observado claramente em confrontos como Kirito vs. Vassago e Kirito vs. Raios, retratados de forma explícita no anime. Já nas novels, diversos personagens imponentes manifestaram suas presenças de maneiras variadas, muitas vezes afetando o psicológico de seus oponentes apenas por estarem sob a influência de tal aura.
Da mesma forma que sentimentos e emoções intensas podem gerar descargas colossais de poder, pensamentos negativos e emoções frágeis podem não apenas impedir o crescimento pessoal, mas também enfraquecer o indivíduo. Se uma pessoa não acredita ser capaz de realizar determinada façanha — especialmente uma já dominada por veteranos —, dificilmente conseguirá concretizá-la enquanto persistir nesse estado mental. Isso ocorre porque a vontade negativa acaba por sobrescrever os Caminhos do Mundo, assegurando que o feito se torne impossível.
Um exemplo claro disso é Sortiliena, cujo complexo de inferioridade em relação ao próprio estilo de combate, diante do tradicional e imponente estilo de Volo, fazia-a hesitar constantemente durante seus duelos — até o momento em que encontrou motivação e confiança suficientes em sua esgrima, superando-o em sua formatura. O mesmo fenômeno também pode ser observado em Kirito, durante a batalha no 100º Andar da Catedral Central, quando, tomado pela impotência diante do colapso de tudo ao seu redor, sua Incarnation negativa o impede de se mover — um efeito semelhante ao Zero Fill de Accel World, embora essa correlação nunca tenha sido oficialmente confirmada.
Existem momentos em que os personagens alteram sua aparência ou as roupas que vestem. Essa situação ocorre quando o indivíduo invoca uma imagem mental própria — relacionada a algum momento marcante de sua vida — ou quando um gatilho externo modifica sua percepção de si mesmo em um nível profundo. Essa mudança, temporária ou permanente, sobrescreve os dados registrados de sua Unidade no Main Visualizer pela imagem mental projetada, alterando assim sua aparência externa. Dependendo da força e da natureza dessa imagem, a transformação pode afetar diretamente sua força física e até mesmo sua capacidade de imaginação, potencializando intensamente a Incarnation do indivíduo.
A Incarnation de Kirito
Kirito utiliza a Incarnation de diversas formas após retornar do estado catatônico, como: controlar livremente a energia espacial ao seu redor e executar Artes Sagradas sem qualquer necessidade de comandos; transmutar matéria — inclusive o próprio corpo — em qualquer elemento ou objeto apenas com o toque; manipular a Vida; e usar a Incarnation Blade com imensa liberdade, sendo capaz de gerar não apenas espadas invisíveis, mas também plataformas aéreas que podem sustentar objetos e pessoas, além de erguer barreiras poderosas.
(Coloco essas projeções de Incarnation sob a mesma categoria da Incarnation Blade, pois até o momento não existe um nome próprio para essa arte específica da Incarnation. Quando ele cria, por exemplo, uma piscina invisível, chama-a de Piscina Encarnada, mas a técnica usada para materializá-la é a mesma — como no caso da poltrona invisível de Administrator. Caso um nome oficial venha a ser estabelecido futuramente, este artigo será atualizado.)
Kirito também demonstra uma precisão impressionante com o Incarnation Arm, capaz de mover objetos até si — como espadas ou utensílios —, além de afirmar ser capaz manipular grandes estruturas, como prédios inteiros, embora essas exijam um nível altíssimo de concentração. Ele pode inclusive atuar em detalhes minuciosos, como destrancar fechaduras, e usar a habilidade para carregar pessoas e objetos consigo. Outra de suas capacidades é sentir e localizar a presença de pessoas a certa distância. Ele também é capaz de analisar objetos, animais e criaturas apenas pelo toque.
Kirito ainda domina três formas de voo:
Voo por pura Incarnation, no qual se ergue no ar transmutando as barras de sua capa em asas semelhantes às de um dragão (embora não as transforme mais desde o arco Unital Ring);
Voo elemental, em que utiliza violentas descargas de elementos aéreos para impulsionar e estabilizar seu corpo no ar;
Fusão das duas técnicas, atingindo sua velocidade máxima — cerca de dez vezes a velocidade do som.
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| Kirito voando no 3° método |
Além disso, ele demonstra uma amplificação física colossal, a capacidade de utilizar a Porta de Transferência Instantânea para viajar entre locais previamente visitados — negando qualquer limitação de distância ou coordenadas — e o controle total de seus dois Objetos Divinos, o que lhe concede uma gama ainda maior de habilidades.
Essas são as técnicas conhecidas que Kirito domina antes dos duzentos anos de idade (incluindo o período posterior à perda de suas memórias, ou seja, os eventos atuais após seu retorno ao Underworld). Portanto, caso venhamos a ver o Star King novamente, é provável que testemunhemos ainda mais técnicas capazes de nos deixar boquiabertos — afinal, trata-se de um ser com duzentos anos de experiência em Incarnation.
Ao ler o que foi exposto acima, é inevitável perceber a discrepância entre as capacidades de Kirito e as de qualquer outro indivíduo. É simplesmente absurdo como esse garoto de 17 a 19 anos consegue realizar feitos tão grandiosos. Mas como isso aconteceu? Quando isso aconteceu? É exatamente isso que vamos analisar a seguir — então espero que continue comigo.
OBS: Não foram dadas informações concretas do tipo ‘isso aconteceu por tal motivo', então uma parte disso será especulação baseada nas informações passadas na Light Novel.
No volume 15, recebemos a informação de que, quando o Fluctlight de Kirito “fritou”, ele entrou em um estado de coma total, completamente inconsciente. Entretanto, ao levá-lo para a Aldeia de Rulid e se estabelecer por lá, Alice aplicou uma arte curativa com o máximo de suas habilidades. Ela escolheu as melhores condições climáticas e um local ideal para reunir uma grande quantidade de energia espacial, derramando sobre Kirito uma Arte Sagrada capaz de restaurar grande parte da vida de um dragão — o ser com maior quantidade de Vida em todo o Underworld.
O resultado foi que Kirito abriu os olhos, mas suas ações se limitavam a reflexos habituais, como comer e dormir. Além disso, ele gemia e se agitava sempre que não tinha consigo a Espada do Céu Noturno e a Espada da Rosa Azul. Seu braço direito não havia se regenerado, e seus olhos permaneciam sem foco.
Contudo, quando Rulid foi atacada pelo Território Sombrio, Kirito demonstrou consciência da invasão mesmo à distância, reagindo de dentro da cabana onde estava. Movido por resquícios de vontade, tentou rastejar em direção às espadas para proteger a vila.
Mais tarde, quando Alice o levou ao exército do Império Humano antes do início da guerra, Bercouli testou sua vontade lançando uma adaga de Incarnation Blade em direção à bochecha de Alice. Surpreendentemente, Kirito reagiu, manifestando outra Incarnation Blade em forma de espada e defendendo Alice de qualquer dano — algo que ele jamais havia conseguido fazer conscientemente naquele estado.
O que podemos presumir a partir disso?
Kirito atingiu uma conexão e compreensão profundas dos Caminhos do Mundo enquanto estava em estado vegetativo, usando a arte curativa de Alice como gatilho. Essa conexão lhe concedeu uma facilidade extraordinária em sobrescrever as leis do mundo.
E qual é a fonte para essa afirmação?
“Desde o momento em que fui isolado de tudo ao meu redor, após a batalha com a Administrator no último andar da Catedral Central da Igreja Axioma, até o momento em que despertei, alguns minutos atrás, parece que estabeleci uma incrível e profunda conexão com «Os Caminhos do Mundo».”
Não se pode negar, porém, que os fragmentos de memória de Eugeo, alojados na Espada da Rosa Azul, também tenham influenciado significativamente a compreensão de Kirito sobre os Caminhos do Mundo — provavelmente atuando como um dos grandes gatilhos para esse despertar, já que tais dados estão diretamente vinculados ao Main Visualizer. Ainda assim, isso não anula o fato de que Kirito foi capaz de realizar façanhas impressionantes mesmo antes de essa conexão plena se consolidar.Assim, Kirito atingiu o que pode ser considerado, com facilidade, sua forma mais poderosa até o momento.
Conclusão e Agradecimentos
Dei tudo de mim para reunir informações valiosas e confiáveis a fim de transmitir com clareza todo o conceito da Incarnation, trabalhado ao longo de todo o arco Alicization. Espero ter sanado as dúvidas de muitos e que, a partir de agora, todos sejam capazes de interpretar as cenas de Alicization à vontade — e não faltam cenas para isso.
Estou totalmente disposto a admitir qualquer erro e a aceitar críticas construtivas sobre possíveis pontos que possam ter passado despercebidos.
Quero deixar meus agradecimentos e créditos ao 永遠 |❝|| 𝕬𝖊𝖌𝖎𝖘 |❠| ♛, cuja análise usei como base para organizar minhas ideias diante do imenso volume de informações. Sinceramente, ele teve muito mais trabalho para explicar e fez isso de forma ainda mais completa, já que precisou contextualizar tudo desde o início, enquanto o Blog já possuía artigos prévios que serviram de base para a compreensão. Ainda assim, eu queria cumprir esta promessa pessoal que fiz a mim mesmo: explicar a Incarnation.
De resto, todos os contextos apresentados foram retirados diretamente da light novel, evitando ao máximo qualquer informação que não estivesse presente nos doze volumes que compõem o arco Alicization.
Também gostaria de agradecer a todos que dedicaram um pouco de seu tempo para revisar e oferecer opiniões que ajudaram a aprimorar o texto.
Muito obrigado N, Shadow, Blackie, ToT, ao mito Josué Lopes, que providenciou os termos em japonês, e, é claro, ao grandioso Liquid Victor, que me convidou e me permitiu publicar meus artigos aqui.
Espero que tenham apreciado a leitura — e até o próximo artigo, aqui no Vanguarda.




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Vou ter que reler de novo. Um dos melhores artigos daqui, estão de parabéns!
ResponderExcluirPOIS RELEIA!!!!
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