10/10/2021

SAO é realmente Rushado?-Sword Art Online Brasil #027

Eu resolvi fazer um artigo dedicado a explicar se SAO realmente tem uma história rushada. porém sejamos honestos: Eu poderia explicar isso em apenas uma linha de forma simples e convincente. porém eu adicionei uma série de informações sobre o Reki, sobre o gênero das Light Novels e sobre storytelling. dessa forma você que vai ler o artigo vai entender o meu ponto.                                    Qualquer um que leu ao menos a sinopse da primeira Light Novel entenderá que SAO nunca foi pensado pra ser um Shounem de jogo da morte, o foco sempre foi as relações das pessoas nesses mundos virtuais, essa tecnologia fantástica e a evolução desse mundo e de seus personagens. não importa se a maioria dos arcos não é no SAO, todos os mundos virtuais existem por causa dele.            O jogo sempre foi o foco dessa série, só não viu isso quem não quer. se limitar a apenas 100 batalhas contra chefes com algumas side quests seriam apenas mais uma obra. uma vez que o Reki mostrou o que sua história realmente é com seus 4 primeiros arcos, ai sim um O Progressive se faz necessário. mas Não, não é rushado. devido a série nunca ter sido o que você QUERIA que ela fosse. se você por alguma razão discorda do que eu acabei de dizer, apenas sai daqui, sério, até eu reconheço que esse artigo é apenas uma forma de dizer o que foi dito acima só que de forma enrolada e por vezes, fora de foco. Ou seja, o texto a seguir é uma repetição do que foi dito acima. e eu irei fugir do assunto por diversas vezes para provar o meu ponto de não considerar SAO Rushado. Apenas economize o seu e o meu tempo. Não leia isso se você apenas discorda.



 A história que conhecemos de SAO é que Fumio Kunori, ou se preferir, Reki Kawahara, escreveu o rascunho de SAO, ainda no início dos anos 2000, como uma história que se passaria cerca de 10 anos no futuro, demostrando uma tecnologia de Realidade Virtual que permite as pessoas a literalmente entrarem no jogo com uma imersão total. o problema é que tal rascunho não foi inscrito no concurso da Dengeki Bunko daquela época, sendo publicado no blog do autor,Word Gear, iniciando assim a famigerada Web novel de SAO que foi até o ano de 2008, pouco antes da série ser publicada.

E enfim, existem diferenças da Web Novel pra Light Novel que vão desde de coisas sutis até reais trechos omitidos, ou completamente alteradas posteriormente, porém temos como o certo que o início de ambas as versões é o mesmo. começando, com esse prólogo:


''Um gigantesco castelo feito de rochas e metais paira na imensidade do céu aul. 
Isso é tudo é o que há nesse mundo. Levou um mês para que um grupo excêntrico de artesãos fizesse um levantamento da área. O primeiro andar tinha cerca de 10 km de diâmetroa suficiente para abrigar o bairro de Satagaya inteiro. Sobre ele, cem andares se amontoavam em uma vastidão inimaginável. Era impossível estimar a quantidade de dados que formava essa estrutura. Dentro dela, havia incontáveis cidades e vilarejos, florestas e pradarias, até mesmo um lago. Em cada nível apenas uma escada conectava um andar ao outro, e como ficavam em áreas do mapa com labirintos repletos de monstros perigosos, encontrar e chegar a esses lugares era uma missão muito complicada. Contudo, uma vez que a pessoa avançasse pelo labirinto e chegasse a cidade do andar superior, os portões de transferência existentes em todos os andares inferiores eram conectados e qualquer um poderia se movimentar livremente entre eles. Assim, esse castelo gigante foi sendo levemente conquistado ao longo dos últimos dois anos. Atualmente, a Vanguarda se encontra no 74º andar. O nome do castelo é Aincrad. E ele existe em um mundo flutuante de espadas e batalhas que engoliu aproximadamente seis mil pessoas chamado.... 

Sword Art Online '' 


Ou seja, aqui serve pra introduzir o universo, explicando o que é o o Castelo flutuante Aincrad. o grande sonho e objetivo de Kayaba Akihiko. nós seguimos em ambas versões com o Kirito tendo um duelo que só apareceria no 8º ep do anime. a famosa batalha de Kirito com o Lizardman Lord, bem, novamente, diferenças existem, porém eu não quero falar delas ainda, e sim explicar o motivo de um momento tão específico ser o início do primeiro livro, já que tal batalha ocorre no labirinto do andar 74.

Bem, vamos colocar aqui que se você é uma pessoa que quer criar uma história no Japão, você tem os seguintes caminhos:

  • Um anime seriado
  • Um Filme animado 
  • Uma Light Novel
  • Um mangá
  • Uma visual novel

É claro, considerando os caminhos mais fantasiosos, também podemos colocar aqui os Tokusatsu, que não fogem muito das obras citadas acima. mas aqui eu quero ir pra linha mais fantástica possível e que não necessite tanto de efeitos de computador, explosões, figurinos e etc, já que tudo aqui vai ser desenhado, fica muito mais fácil e barato ser inventivo. 

Se o cara vai pra linha do mangá, ele necessita ou ser bom em roteiros e desenho, ou conhecer alguém que o complete. Death Note é assim, uma arte bonita com uma boa história. feita por duas pessoas. Diferente de outros mangás que utilizam de um mesmo desenhista e roteirista. normalmente, não prejudicando muito a obra. Porém o Reki, mesmo sendo um bom desenhista, nunca confiou 100% em suas habilidades, por mais que eu ache desagradável a galera que compara a arte dele com a do Abec, o que é bem injusto, ele mesmo sempre se considerou como um artista mais ou menos pra ruim, ou seja, pegando o Death Note, ele ta mais pro Tsugumi Ohba do que o Takeshi Obata, ou pra galera dos comics, mais pra Stan Lee, do que Ditko ou Kirby da vida. o que eu quero dizer é que mangá, mesmo sendo algo que mais tarde algo que o Reki fez de SAO, ele mesmo sabia que essa não era a sua praia. 

No caso de um anime, mesmo que você seja um roteirista genial, você ainda precisa de orçamento e equipe. o que não é fácil e depende não só de você mostrar o seu talento como achar quem vai botar a grana.  por mais que não falem muito disso, animação é algo que custa caro. boas animações (que usem 3D ou não) custam muito e demoram pra ficar prontas. então, isso também estava fora de cogitação pro Reki, que não estava no gênero dos animes. obviamente não só série de anime como também um filme não poderiam ser feitos por ele do nada.

Só nos sobrando a Visual Novel e uma Light Novel. por mais que Visual Novel fosse um gênero ideal pra SAO, até hoje isso não aconteceu, com o mais próximo disso sendo os diálogos dos jogos de SAO, onde eles funcionam de forma semelhante a uma Web Novel, porém eles são RPG's de Ação. mas né? Visual Novel também não é algo que você faz do nada, logo, só sobrando um gênero que o Reki poderia abraçar na época. e agora vamos entender melhor o motivo de eu ter introduzido esse tema:

Uma vez que sua obra é em texto, você não tem o beneficio de trilha sonora, dublagem ou movimentos fluidos para contar sua história, focando tudo isso no seu eu lírico, ou seja, o narrador. que aqui pode ir pra dois caminhos

-Ele ser o protagonista da história 

-Ele ser meramente uma pessoa que observa os eventos, mas não faz parte dela ou se identifica.

O Reki escolheu o primeiro para o início da história, mais tarde alternando entre ambos os estilos para manter o Kirito como protagonista mas ainda sim conseguir mergulhar a fundo nos pensamentos de personagens como Asuna,Leafa,Sinon,Eugeo, Alice e etc.

Dessa forma ele poderia usar desse eu lírico em primeira pessoa  para explicar tudo. mas sendo um universo de certa forma, recém criado, com o teste beta propositalmente pulado por não ser relevante naquele momento, como o Reki iria colocar explicações junto da história?

Simples, adicionando um momento onde o protagonista eu lírico pudesse não só estar progredindo em sua história como também ter uma chance de explicar os eventos.

Ou seja, o capítulo 1, assim como os outros primeiros, servem meramente para explicar a história na parte mais técnica, já que a lore já foi introduzida no prólogo, agora mostrar o que se pode ou não fazer aqui é o indicado.

E você me diz:

''Mas o beta não poderia fazer isso?''

E você ta certo.

Mas o tutorial do jogo também, tanto que temos o Klein que serve da mesma maneira, colocando alguém que não entende nada daquilo e sendo introduzido a tudo, assim, o Kirito não seria apenas o cara que conversa com leitor e sim com uma pessoa que faz parte da história, podendo desenvolver mais do enredo e personalidade, tal como ter uma desculpa pra tanta explanação. lembrando que uma história com muita explicação faz sentido em um livro pelo motivo já explicado acima.

E é esse o ponto que eu queria chegar: 

SAO FOI FEITO COMO LIVRO. ELE TEM QUE SER ANALISADO DESSA FORMA.

Partindo do ponto que o Reki iria fazer a história desse jeito, ele meio que era ''obrigado'' a explicar tudo ao mesmo tempo que desenvolvia a história. o Reki necessitava criar todo o seu universo ao mesmo tempo que precisava contar a sua história. 

Porém lembram da explicação anterior de quando SAO foi feito? então, pra isso tudo nós precisamos de foco. Da mesma maneira que os jogos de Arcade dos anos 80, pelo menos os melhores, tentavam trazer diversão e dificuldade equilibradas, uma obra de ficção, seja ela qual for, precisa mostrar algo atraente ao leitor, o que um simples cara lutando contra um inimigo após uma narração ambígua, que ao meu ver só iria dar mais margem para o conceito errado de Isekai, não seria o melhor. o Reki precisava introduzir a história de uma forma interessante, logo, colocando o Kirito contra um monstro formidável junto  mas que não fosse o Gleam Eyes ainda, coisa que o mangá de Aincrad fez, lá o negocio já começa no boss mesmo. e usar aquilo como uma desculpa para explicações seguido de um ''tchan'' que faria o leitor realmente querer ler aquilo e não ver a obra como apenas mais uma. Então, logo de cara entendemos aqui, para esse início, é compreensível a forma como a história nós é introduzida. devido ao primeiro capítulo ser misterioso e explicado na medida certa. você entende o que ele quer te passar, ao mesmo tempo que quer saber mais. como ele chegou até ali? o que mais tem nesse mundo? é como uma prévia, imaginem que isso fosse liberado ao público de forma gratuita, quem tivesse o interesse em ler se perguntaria mais sobre o castelo flutuante. coisa que o tutorial do Klein não faria. ou seja, contar a história de SAO de forma cronológica não era bom. 

''Mas o anime não fez isso ae?''

Então, mas o anime tem o beneficio de trilha sonora, movimentos, dubladores, e etc, ou seja, é uma categoria diferente. por isso que você não pode analisar mangás e animes da mesma forma. são mídias diferentes, adaptações são necessárias, cortes ou trechos originais precisam existir parra instigar o público a ter interesse em consumir aquele conteúdo. só uma pena que nem sempre isso é feito de forma correta ou que as pessoas tem a consciência de analisar animes originais, animes baseados em mangá e animes baseados em novel de forma diferente. 

Agora nos focando no que viria depois, o cap 1 se encera com o Kirito mandando uma deixa para o início de tudo. Existem várias obras que seguem essa linha. começam no futuro distante, depois voltam vários anos no passado para introduzir e explicar tudo. até Boruto ta ai pra mostrar isso. muitas pessoas mantiveram a leitura da série unicamente por causa daquele início marcante. os fãs da obra de Kishimoto queriam saber o que aconteceu com Naruto,Sasuke e Sakura e outros, assim conseguindo iniciar bem uma sequência de uma série que já havia encerado e não precisava de sequência.

''Logo, o que deveria ter vindo aqui é o famigerado Arria em uma noite sem estrelas, isso, é claro, combando ao Klein e a história do personagem Coper, assim realmente pegando todo o início da Aincrad, já que todas essas histórias tem grandes momentos?''

Sim e não.

O do Klein realmente é o choque que quando descobrem que é um jogo que não pode fazer logout, te deixa em choque e querendo saber o que vai acontencer a seguir.

A tensão do primeiro dia aliada ao seu final também seguem essa linha, tal como o clima tenso e sem esprança de Aria, junto de um aparentemente invencível primeiro boss. porém lembram que eu disse que o texto precisa de foco?

O Reki queria contar uma história, no caso, da relação de dois personagens em mundo virtual. tanto que Fairy Dance o mesmo disse que fez o contrário, onde duas pessoas que jogam o mesmo jogo juntas não sabem que elas vivem na mesma casa. o que, convenhamos, até hoje é atual. quantas pessoas chegam ao absurdo de conversar com PESSOAS DA PRÓPRIA FAMÍLIA pelo celular ao invés de simplesmente descerem uma escada ou olharem no rosto delas? eu mesmo conheço um caso assim, e não é de hoje :/

''Mas porquê não focar na interessantíssima trama de jogo da morte e avançar 74 andares, nem sequer introduzindo um primeiro chefe direito ainda?''

Simples. lembram que a história foi feita para ser inscrita na Dengeki? então. um mangá ou anime poderia fazer isso rápido. afinal a estrutura de roteiro deles permite dizer coisa apenas mostrando e não explicando. ou seja, o clássico mostre não fale. a tal explicanação que as pessoas reclamam tanto que certas obras tem.

O autor poderia nesses gêneros fazer apenas um capítulo de mangá ou meros 2 ep's de anime para o primeiro dia, assim usando várias cenas dramáticas e interessantes pra prender a pessoa quem está acompanhando. Mas novamente, estamos falando de texto. o que necessita de muita exlplicação, as vezes um trecho de meia página da uma novel é adapta em meros 2 segundos do anime. e eis que chegamos no nosso problema:

Quem disse que a Dengeki permitiria um texto enorme ser inscrito?

para se ter uma noção, a história Aria of starless night, lançada pouco após o ep 2 do anime, cobre por volta de metade do primeiro livro de Progressive, livro esse que quem leu sabe que não é pequeno. e tudo aquilo levou meramente, um episódio de anime. Com certeza mais da metade da história da Light Novel foi totalmente omitida na versão anime (que nem existia oficialmente na época). mas só pare e pense: Metade de um livro (que na versão japa tem 520 páginas) para um mero episódio de anime. esse episódio sim é rushado, já que boa parte da história sequer existe na versão anime, tal como filme Ordinal Scale faz referência a esse epsódio, o que cria um buraco horrrível na cronologia da série se você vê ela como um único canon. Afinal:

  • Argo não aparece no ep 2 do anime.
  • A trama do jogador que quer a espada do Kirito nem existe na versão animada.
  • A morte do Diavel dura mil anos no anime, e meros segundos na novel (porém essa tem ''justificativa'').
  • Supostamente no anime Kirito e Asuna se afastaram pós andar 1, o que não faz sentido, já que antes de dezembro de 2023 ela já estaria apaixonada por ele, tal como Hopeful Chant indica (que é uma novel prequel do filme).
  • E se os eventos de Progressive não ocorreram na ''timeline do anime'' isso invalida praticamente tudo que vemos em Alicization e Unital Ring, já que esses arcos na Light Novel dependem desse contexto de Progressive, série paralela criada anos depois do arco de Aincrad original. a própria Argo aparece em UR porém depende do contexto de Progressive não do contexto da série principal.
  • Ah, eu já disse que em média cada ANDAR do SAO leva em torno de um a dois livros de no MÍNIMO 400 páginas?
Ou seja, o anime é sim muito rushado em relação as novels, mas a história não é nem pouco. ela não foi feita de forma rushada. dizer que SAO é Rushado por não mostrar tempo do beta ou os 74 primeiros andares no anime de 2012 é o mesmo que dizer que DBZ,Naruto,One Piece e Bleach são obras rushadas devido a não mostrarem mais da infância de seus protagonistas, que já comecem normalmente como adolescentes. mas se você ainda não está convencido e só pegar o próprio epsódio 1, enquanto ele cobre cerca 3 capítulos e umas 30 páginas. sendo uma adaptação praticamente perfeita. com mínimas edições, nada de corte, até onde eu lembre, Aria tem 15 capítulos e por volta das suas 120 páginas. sendo que esses capítulos são maiores que os capítulos da Light Novel de Aincrad. Ou seja, uma ''simples história,'' que talvez possa não ser tão atrativa quando o primeiro livro, leva muito mais tempo para ser contada numa novelização.

E contando com o limite tenso da Dengeki, o que reki precisava chamar a atenção ao máximo do leitor ao máximo, para ele não só ler o inicio e não querer parar. como instiga-lo. afinal a ideia da Dengeki era procurar novos artistas que renderiam novas séries, de preferência, longa duração. podem ver que outras obras d Dengeki, que também são criticadas na versões animadas, normalmente tem diversos livros. é coisa indo pra casa dos 20 a 30 LIVROS. tem muito autor aclamado que não conseguiu escrever tudo isso durante uma vida inteira.

Mas não é só isso

  • A história precisa ter um arco incial com início, meio e fim.

Tipo mesmo o que vemos em mangás clássicos, eles normalmente tem um arco que nos introduz a história daquele mundo, mas ao seu final a história pode continuar ou não. é o básico de contar uma história, você não pode ir direto para uma história sem fim, é necessário respeitar suas capacidades de escrita e o interesse do público no que você faz.

Ex:

-Arco do Pilaf no Dragon Ball

-O Naruto roubado o pergaminho do clone das sombras.

-Romance Dawn em One Piece

-Shinigami substituto em Bleach

E assim vai. estou pegando essas obras por serem o tipo de série que todo mundo já viu algum dia. logo o exemplo fica mais fácil de se entender. elas não são as únicas obras que utilizam do artificio do falso arco fechado inicial.

Tudo isso é feito para desenvolver o objetivo do herói e do vilão, levar eles do ponto a ao ponto b. e pronto encera aquilo dando início a algo novo. É narrativa básica gente. não é simplesmente fazer o que te da na telha, existem uma lógica por trás das histórias que tanto amamos. elas não são feita sem qualquer tipo de planejamento... quer dizer, na maioria das vezes é assim :v

E a ideia do Reki não era um shounem, tanto que seria impossível afinal ele está nas Light Novels e não mangás e animes, SAO na verdade é um romance. E que fique bem claro, romance quando se fala de texto não é beijinho e abraço, Assim como novela também não é só produção do méxico e rede globo.

São gêneros literários. e sim, mesmo o nome gringo sendo Light Novel (novelas de luz, segundo o google tradutor) o correto segundo a classificação brasileira de livros, é que SAO é um Romance.

Sendo que um romance nós temos uma história principal, porém outras acontecem durante isso. e isso não só leva a dois caminhos; 

Primeiro: Não é uma história grande. histórias pequenas são contos, e gigantes são Novelas. SAO é romance.

Lembrando que aqui eu me refiro ao um volume único, Aincrad Vol.1, você pode fazer uma série grande de romances, mas é necessário início, meio e fim entre eles. entenderam? ou dormiram igual nas aulas de literatura?

Segundo: Em romance temos a composição em prosa de texto:

E isso envolve:

  • Apresentação de personagens, circustãncia e cenário. ou seja, check
  • Complicação, ou seja, o motiva a história, Check
  • Climax,  um momento onde muda tudo que já tinha sido apresentado, levando a história a outra caminho. Mais um Check
  • E por fim conclusão.

E vamos falar desses dois últimos.

É fato que não importa o país ou época, histórias que envolvem relacionamentos amorosos sempre interessam. você pode não gostar, mas sempre vendeu e sempre vai vender devido a isso é ser algo realista. as pessoas, nascem, se apaixonam, vivem amores e por fim morrem. é o natural do ser humano. lembrando que aqui nem precisamos ir pra linha do relacionamento mais sexual, podemos ir para simplesmente amizade ou companheirismo, coisa que o Reki sempre abordou, a amizade e quanto ela é importante. salvando vários personagens que estavam em momentos negativos de suas vidas, assim como isso pode ser bonito. é a essência da vida. nada da pra ser lobo solitário pra sempre, o ser humano precisa conviver em sociedade.


Desde de um garoto ter diversas amigas que o amam pelo o que ele é, e não necessariamente por desejarem ele ou ele a elas, ou simplesmente dois rapazes ou garotas amarem uns aos outros devido a o que a vida levou a relação deles. existe realmente algo mais normal que isso?

No caso, eu falei tudo isso pela introdução da Asuna no primeiro livro da série, onde ela é colocada aqui pela relação que o Kirito tinha com Sachi, antes, primeiro amor de Kirito, agora a pessoa com que ele se sente responsável pela morte. Asuna e Kirito claramente demostram sentimentos um pelo o outro, sentimento esse o Kirito não se considera responsável. esse é o arco que ele queria contar. uma história de amor entre dois jovens, com um ele deles achando que não poderia se dar ao luxo de prometer a proteção de outra pessoa e a ver morrer diante do seus próprios olhos.

E sim, a Light Novel e Web Novel vão pra essa linha mais dramática e depressiva do que o anime, que mesmo contando a história de forma cronológica, não passa o mesmo peso. você entende que o Kirito lamenta a morte da Sachi, mas o não merecimento do sentido que Asuna tem por ele, só existe na LN. o Anime RUSHOU isso :v 

o anime também acrescentou outras histórias que deixam esse clima mais leve, mas se você ver a história como ele foi pensada, é assim. é um dramalhão de amor e auto perdão. os ep's da Silica e Liz (respectivamente 3 e 7) realmente vão pra linha mais engraçada, diferente do ''Arco Kirisuna'' (1,8,910,13 e 14) que vai pra linha dramática do início ao fim, é só ver esses episódios que você verá como a linha dele é depressiva.

No caso, 

  • As dificuldades de não querer ser um beta tester, o que é um segredo para nós, não anime, mas sim na novel
  • As pessoas cruéis que vivem nesse mundo
  • A chance de morrer ou de talvez nunca podem viver esse amor na vida real

Tudo isso cria a complicação, que após demonstrar que o Kirito tem algo mais, que posteriormente foi explicado por ele ser uma pessoa acostumada com jogos daquele tipo, logo, transformando seu raciocínio em algo rápido, diferente de muitos jogadores café com leite que não era do tipo gamers, fez o Kirito ter um trunfo que, em teoria, traria a vitória, mas nós vemos na própria história que o Kirito não erra invencivel, mas ao mesmo tempo, tal habilidade poderia causar não só um beneficio como também chamar a atenção, e isso acontece, ou seja, complicando o romance e complicando a situação já caótica apresentada. mesmo o Kirito derrotando o Gleam Eyes, ainda sim vários jogadores do exercito morreram, e ele mesmo quase morreu pro Boss, mas ao invés disso servir de incentivo pros jogadores, acabou virando uma fofoca que não permitiu o Kirito mais viver na casa dele, tal como vimos no final do 9º episódio. 

Mas quando eles dois ficam finalmente juntos, bem e sozinhos, isso é feito como método de presentear o leitor, ele se sente aliviado depois de tudo aquilo ter um momento de calmaria, mas que interrompido de forma drástica o leva os sonhos e tudo que estava acontecendo de bom pro brejo. praticamente, matando a Deuteragonista, personagem que você aprendeu a amar, e aquele universo, agora não existiria mais.

Encerando tudo aquilo.

Sinceramente, não falo isso apenas por ser fã série. mas eu não consigo pensar em um final de primeiro arco melhor que esse.

A estrutura inicial de SAO era uma relacionamento que ocorria num universo de jogo online, enquanto mais tarde veremos relacionamentos que ocorrem em uma história de jogo online, com ambos os aspectos lapidados, sendo mais explicados e feitos de forma mais interessante.

Ou seja, enquanto de início havia uma pressa em já interessar, tudo que viria depois precisava se focar em apenas fazer algo interessante. devido ao público já saber o que a história é.

E como qualquer outro produtom, quando se inicia uma nova série de filmes você precisa ter um diferencial, por exemplo, a franquia Premonição era diferente do slasher normal. não existe um assassino e tudo era, incialmente, palpado em tons de realismo. O que vem dos só precisa expandir o que já existia, mas sendo interessante o bastante para chamar a atenção.

Da ai a adição de personagens como Yui,Silica,Lis e etc assim como mostrar mais de Kirisuna ou mais de como aquele mundo funcionava desde de ''classes'' , de Ferreiro, que seria o responsável por duas da s3 armas inonicas do início da histtória, até uma simples garota que conheceu o Kirito, história essa que mostra o caráter dele e também mais do que apenas chefes e raids. mostrando familiars e como alguns jogadores, que não se focam em batalhas, ccoisa citada lá no início, se sustentavam naqele mmundo além do help monstro que isso dava aos jogadorres. já que sendo os NPC's aqui I.A's de ''entre aspas'' baixa qualidade, eles seriam ensenciais para o densenvolvimento b´lico

Ou seja, o Arco Aincrad orrignal precisa ser encerrado. dps com contos expandindo deixas propositais ou não que existiam antes,

Então, inha reposta é NÃO. SAO não é rushado, de fato tivemos um avanaço, talvez desncessário dos andares, mas visto a cittuação do Reki e o que foi apresetado. a história foi interessante o bastamte para npos gêneros mangá,LN e anime sempre ser um sucesso, tanot que a obra é relevante até hoje, e mesmo sendo ofendida, a obra em mais de 10 anos não perdeu nada de sua relevância,e todo o material lançado depois, não só expandi e melhorrou o suposto melhor arco, como também trouxe o que era tão pedido, ironicamente, sendo xingando e ignorado.


Um comentário: